DIFERENTES PONTOS DE VISTA

        Durante o projeto “As crianças do Mundo”, as turmas dos 2^os anos estudaram as diferentes formas de representações gráficas e puderam investigar os tipos de visões que é possível se ter em relação a determinado objeto. Durante as discussões feitas em sala, aprofundaram seus conhecimentos sobre noções de lateralidade e de espaço, bem como de escala, leitura, interpretação e produção de imagens.

           Os conteúdos do módulo permitiram que as crianças lançassem um olhar investigativo para analisar objetos e mapas.  Descobriram que a percepção de uma dada visão depende de onde o sujeito está e de como posiciona-se diante do objeto observado. As reflexões sobre os pontos de vista frontal, oblíquo e vertical foram feitas a partir das observações de materiais concretos, efetuadas pelas crianças, bem como da análise e representação de desenhos.

          Após a consolidação das ideias sobre os tipos de visões e os diferentes níveis de escala, as crianças construíram uma maquete de sua sala de aula, onde puderam representar de forma cuidadosa os móveis e demais objetos, assim como suas disposições nesse ambiente. Foi uma experiência bastante enriquecedora, na qual as crianças puseram em prática noções e habilidades cartográficas. Uma aula que, de fato, as crianças apropriaram-se dos conceitos analisados e discutidos desde o início do projeto, extraindo informações e decodificando símbolos, numa perspectiva espontânea e divertida.  

        Uma outra atividade prática foi proposta para as crianças: o desenho do contorno de um corpo, identificando aspectos de lateralidade e espaciais da imagem projetada, desenhada e interpretada. Foi mais uma aula bastante divertida, onde as crianças, de modo coletivo, interagiram e puderam dar suas contribuições. 

MEU LUGAR NO MUNDO

     Nesse capítulo, os alunos do 2º ano aprenderam sobre a importância de conhecer melhor o lugar onde se vive. Observando, comparando e analisando informações de diversas fontes como imagens, vídeos, cartas, reportagem, entrevistas e paisagens foi possível estabelecer relações e confrontar o conhecimento prévio das crianças com as novas informações adquiridas.

     Um dos objetivos foi perceber que o modo de vida das pessoas está diretamente ligado às características do lugar onde moram. Ou seja, o tipo de paisagem, o clima, a vegetação, o lazer, entre outras características, interferem diretamente nos costumes das pessoas.

     Os recursos tecnológicos como o tablet e a lousa digital utilizados durante as aulas ampliaram as possibilidades de aprendizagem e a interação com o conteúdo investigado. As pesquisas realizadas com estes equipamentos contribuíram para que os alunos fizessem importantes descobertas a respeito do lugar onde vivemos.

       Durante as aulas de geografia, as crianças tiveram a oportunidade de ampliar a sua percepção a respeito da paisagem local e de outras paisagens, através da observação intencional e dirigida. Além disso, puderam perceber que ela pode nos dar dicas importantes a respeito de aspectos naturais e sociais de cada espaço estudado.

      Concluíram que a participação das crianças, dos jovens e mesmo dos adultos nas decisões tomadas para a melhoria do bairro onde moram, seja no trabalho, no lazer, nos espaços de prática política explícita, certamente será de melhor qualidade se estes conseguirem pensar sobre seu espaço de forma mais abrangente e crítica.

Todas as crianças são iguais? Brincam das mesmas brincadeiras? Todas têm os mesmos traços físicos? As escolas são iguais? Educam da mesma forma?

No capítulo 1 do nosso módulo de Conhecimentos históricos e geográficos investigamos sobre costumes, hábitos, forma de se vestir, de se alimentar, de brincar, de morar e de estudar de crianças do mundo inteiro. Descobrimos que cada criança tem a sua história.

Durante a leitura dos textos e dos questionamentos levantados em sala, as crianças perceberam que todas as pessoas são diferentes, e que cada uma tem o seu jeito de ser. Porém, mesmo sendo diferentes, ricos ou pobres, adultos ou crianças, somos todos seres humanos. E nisso, com certeza, somos iguais.

À medida que conhecem outras formas de viver, as diferentes histórias vividas por outras crianças em diversas culturas, em tempos e espaços diferentes, os alunos conseguem aumentar o seu conhecimento sobre si mesmos e sobre o outro.

Conhecer o “eu” e o “outro” significa comparar situações e estabelecer relações e, nesse processo comparativo e relacional, o conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre seu grupo, sobre sua região e seu país aumenta consideravelmente.

Esperamos que ao longo do ensino fundamental nossas crianças possam cada vez mais compreender sua realidade, posicionando-se e fazendo escolhas. Desta forma, serão capazes de respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles.